maandag 27 mei 2013

RECEITA PARA FAZER SOPA DE POBRES POUPANDO NA ÁGUA E NA GORDURA E DANDO EMPREGO A MUITO BOM CHEF E MAÎTRE QUE ANDA POR AÍ NO DESEMPREGO OU A COZINHAR PARA GENTINHA QUE NÃO OS MERECE

SOPA DE POBRES POR 100 palhaços

A receita ABREVIADA reza assim:

Arranjem-se 100 palhaços que se digam chefes ou chefs de culinária, para ser igualitário 50% mexem o tacho para a esquerda e outros 50 por cento mexem para o lado contrário ou fingem fazê-lo tanto faz

Segundo a receita do pantagruel devem meter-se os pobres a cozer a 180º C  numa conduta de vapor, quando a imputação do pobre diabo a entrar na sopa for feita para realizar interesses legítimos e o agente provar a verdade da mesma imputação de o pobre diabo ser mesmo pobre ou tiver fundamento sério para, em boa fé, a reputar verdadeira, excluindo-se, e bem, a imputação de fato, pois pobre com fato de certezinha é falso pobre ou pobre de gosto muito duvidoso
Se é fácil provar que alguém é "pobre" ou "bom para fazer sopa de pobres", não vejo como se pode provar que alguém é "pobre pra salário mínimo" pois a maior parte dos pobres nem isso ganha e portanto é pobre de 1ª qualidade e logo muito saboroso
Confuso ou con fuso?
Faz mal não é haute cuisine ou cozinha de rico, só se faz com os melhores e mais suculentos pobres

É matéria de tal forma subjetiva a Sopa de Pobres ou Sopa de Pobres para ricos patronos, que aparentemennte damos à discricionariedade de um juiz (ou também chamado provador) e das suas convicções sobre o que é ser um pobre  que se faz farta a pobre sopa .
A receita deveria, por isso, como acontece noutras legislações para protecção da caça, limitar estes processos à origem de denominação controlada dos pobres e comportamentos de verdadeiros pobres passíveis de ser(em) comprovados ou desmentidos.

 

Na realidade, a receita é de tal forma susceptível de interpretações contraditórias e está de tal forma dependente da sensibilidade de cada provador que temos, sobre o mesmo  "pobre" -, decisões papilares incompatíveis entre si e se calhar compatíveis com outra coisa qualquer.

 

Em mil e tantos ou se calhar noutro ano, os gourmets e os grumetes do Porto, defendiam que pobre com oregãos e não lavado, ao cozer a vapor para não perder o sabor é o ideal

O Pobre Só pode ser admitido para a sopa quando é atingido o núcleo essencial de qualidades morais que devem existir para que o pobre tenha apreço por si próprio e não se sinta desprezada pelos outros que o vão comer para o ajudar a sair da sua condição miserável
.Se assim não fosse a vida em sociedade seria impossível.
E o vero pobre essa espécie em extinção, seria fonte de conflitos, em vez de garantir a paz social das nobres gentes que mexem os tachos em sentidos diversos e que praticam a haute cuisine, fazendo sopas de pobres para manter os falsos pobres e os pobres falsos bem nutridos que é a sua função.

Portanto um verdadeiro mestre ou chef nestas artes deve defender os veros pobres para assegurar ingredientes para a sopa das gerações futuras...

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